domingo, 31 de julho de 2011

Continuação 1.1

O contexto equoterápico é motivador, desafiador para o indivíduo desenvolver suas habilidades de modo harmonioso. Trombly (2007, p.3) ressalta um dos princípios do modelo ocupacional funcional (MOF): "as pessoas esforçam-se para alcançar sentimentos de satisfação, definidos como sentimentos de eficiência pessoal e auto-estima".
Assim, como um contexto instigante e considerado que o individuo apresenta motivação intrínseca para alcançar sentimentos de satisfação, há uma grande possibilidade para desenvolvimento de diversas habilidades.
As atividades são tarefas com objetivos definidos que exigem habilidades e recursos para atender às necessidades pessoais e sociais. É importante compreender o máximo possível uma atividade, incluindo as habilidades específicas necessárias para realizá-la de forma competente e sua relação no mundo geral.
A graduação da atividade refere-se ao aumento ou diminuição sequencial das etapas de uma atividade com o passar do tempo, tendo como objetivo estimular a melhora da função. A graduação também poderá ser realizada em função do material, partindo de um grau menor de dificuldade para um maior em relação à prensão por exemplo.
Na equoterapia, a graduação das atividades cotidianas do cavalo e dos materiais é adequada, pois é um processo gradativo que favorece um progresso para a aquisição da função. O praticante adquire a capacidade de cuidar do animal de grande porte, favorecendo a sua indepêndencia e auto- estima.
A adaptação das atividades é o processo de modificá-las para torná-las mais fáceis fisicamente, cognitivamente ou sob outros aspectos e promover a função. A adaptação dos materiais utilizados as atividades periódicas do cavalo (escova, rasqueadeira, pente para crina) é apenas sugerida para situações em que realmente o praticante apresenta muita dificuldade para realizar um determinada tarefa. É importante que essas adaptações permitam a funcionalidade, mas também que não diferenciem tanto esses materiais utilizados no cotidiano do cavalo.
Na equoterapia, é fundamental também a adaptação dos arreios ( manta, sela, alça, rédeas e estribo), para proporcionar a melhor postura possível da criança no dorso do cavalo ou para ser trabalhado um objetivo específico.

1.1 A Terapia Ocupacional No Contexto Equoterápico

Em 1890, Gustavo Zander, fisiatra e mecanoterapeuta sueco, quantificou as vibrações necessárias,180 oscilações por minuto, para estimular o sistema nervoso simpático, o que 100 anos depois foi associado às vibrações produzidas sobre o dorso do cavalo pelo médico alemão Detlevev Rieder, (Uzun, Ana Luisa de Lara APUD DEUSCHES KURATORIUM, 1998, p.6).

Durante as sessões de equoterapia , são realizadas pelo terapeuta ocupacional atividades programadas de acordo com os objetivos determinado no plano de tratamento de cada praticante.
Os materias e as atividades utilizadas nesse contexto, se necessário, após selecionados, são graduados e/ou adaptados para adequar-se ao máximo às necessidades do praticante ao contexto. Criam-se condições específicas para atuação do indivíduo como ser ativo que é.
É importante destacar que a seleção, a graduação e adaptação das atividades são aspectos essenciais na prática da terapia ocupacional. Contudo para essa intervenção, é fundamental que o terapeuta realize a análise das atividades e compreenda os componentes de desempenho necessários para realizá-los e os significados culturais tipicamente atribuídos a elas.
A terapia ocupacional tem a premissa de que o indivíduo é um ser ativo, que desenvolve influenciado por atividades com objetivos específicos.
Montar a cavalo e andar ao passo já constituem uma atividade que demanda o desenvolvimento de habilidades e requer do praticante o exercício de sua natureza ativa.É uma nova competência que pode gerar satisfação e prazer.
O praticante poderá também desenvolver habilidades específicas mais refinadas e responder até à demanda de dominar um animal, desenvolvendo uma nova competência que fortalecerá a sua auto-estima. Assim, estará participando de uma ocupação prazerosa, que promove a realização pessoal, desempenhando o papel de esportista.
Uma vez que os papéis são padrões de comportamento, são, portanto, socialmente esperados associados ao status individual numa sociedade em particular.
Na equoterapia, o praticante desempenha o papel de esportista e realiza uma série de tarefas: andar ao passo, trotar, galopar, saltar, para realizá-las, necessita desenvolver habilidades específicas. Trombly (2007).

sábado, 30 de julho de 2011

O Terapeuta Ocupacional, o sujeito e a Equoterapia: traçando seu caminho histórico

Cabe ao terapeuta ocupacional considerar os diversos fatores e organizar atividades específicas dentro do contexto buscando facilitar ao praticante o melhor desempenho de suas funções. Pode usar adaptações para melhorar a postura a ser trabalhada.
Desde a antiguidade, na Grécia relatos de nomes importantes na história da medicina como Hipócrates e Asclepídes faziam referências ao uso do cavalo para promover o bem - estar, melhorar e prevenir diversas doenças. Nessa época, considerava-se o movimento do cavalo bom para o indivíduo, fisicamente e mentalmente. Hipócrates destaca a melhora do tônus muscular como uma importante função da equitação.
Estudiosos da Europa continuam por anos dando desenvolvimento ao pensamento da cultura grega, e em 1747 Samuel Quelmaz, um médico alemão, fez referências ao movimento tridimensional do cavalo e criou uma forma artificial de reproduzir o seu movimento.
Em 1782 Joseph Tissot estudou o efeito das diferentes formas de andar do cavalo, confirmando os seus efeitos positivos e identificando o passo como o de maior função terapêutica. Foi também o primeiro a falar sobre as contra- indicações da prática exessiva da equitação.

Continuação TCC!!!

Segundo Walter e Vendramini (2000), a equoterapia emprega as técnicas de equitação e atividades equestres para proporcionar ao praticante benefícios físicos, psicológicos, educacionais e sociais. Essa atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim para o desenvolvimento do tônus e da força muscular, o relaxamento, a conscientização do próprio corpo, o equilíbrio, aperfeiçoamento da coordenação motora, a atenção, a auto confiança e a auto-estima. Assim, a equoterapia é um método de reabilitação e educação  que trabalha o praticante de forma global.
A palavra equoterapia foi criada no Brasil para caracterizar todas as práticas que utilizam o cavalo com técnicas de equitação e atividades equestres para fins terapêuticos. Foi criada com as seguintes intenções  ( Ande - Brasil, 1999):
1 - Homenagem a nossa língua mãe - o latim - adotando o radical EQUO que vem de EQUUS - o único gênero da família dos equídeos, que inclui os cavalos, os jumentos e as zebras ( Ferreira, 1990).
O cavalo pertence à ordem dos perissodátilos da família dos Equídeos, da subfamília Equina, na qual se encerra o único representante atual do gênero Equus que é a espécie cabalus - o cavalo propriamente dito como é atualmente.

2- Homenagear o pai da medicina ocidental - Hipócrates - (377 -458 a.c) - que aconselha a prática da equitação para regenerar a saúde, preservar o corpo humano de muitas doenças e no tratamento de insônia, mencionando, também que a prática equestre ao ar livre, faz com que os cavaleiros melhorem seu tônus.
Terapia, que vem do grego therapeia, é a parte da medicina que trata da aplicação do conhecimento técnico científico no campo da reabilitação e reeducação.
3 - Quem utilizasse a palavra equoterapia estaria engajado nos princípios e nas normas fundamentais que norteiam esta prática no Brasil, o que facilitaria o reconhecimento do método pelos órgãos competentes.

Conteúdo TCC!!!



Praticante de equoterapia é o termo utilizado designar os Praticantes Portadores de Necessidades Especiais (PPD) e/ou Necessidades Especial, quando em atividades equoterápicas.

Nessa atividade, o sujeito do processo participa de sua reabilitação, na medida em que interage com o cavalo.

Toda atividade de equoterapia deve ser baseada em fundamentos técnicos-científicos. O atendimento só poderá ser iniciado mediante a parecer favorável do médico, do fisioterapeuta, do terapeuta- ocupacional e do psicólogo.

As atividades devem ser desenvolvidas pela equipe interdisciplinar, sendo que as sessões podem ser individuais ou em grupo. As seguintes regras, ademais, devem ser observadas: deve haver registros periódicos das sessões; ética profissional e preservação da imagem devem ser constantemente observadas; deve constar o componente filantrópico para atingir classes sociais menos favorecidas; a segurança física do praticante deve ser preocupação constante (comportamento habituais do cavalo, equipamento de montaria, vestimenta do cavaleiro, local das sessões.

Para termos um bom resultado dentro da equoterapia é necessário que três elementos estejam interligados, visando única e exclusivamente à evolução e ao desenvolvimento dos praticantes. São eles: (a ou o) Terapeuta especializado - É importante que este, além dos conhecimentos técnicos e cientifico nas respectivas áreas de atuação (saúde e educação), também tenha conhecimentos hípicos de manejo e domínio sobre o cavalo; e (b) Local adequado - o ideal é que este seja amplo, em contato com a natureza e que recebermos PPD. Deve possuir pistas abertas e fechadas, com piso de areia com aproximadamente 8cm de profundidade. Outros tipos de terrenos como grama, terrenos em aclives ou declives, redondel também são importantes dependendo do objetivo traçado. (c) O equilíbrio sabe-se que envolve um conjunto de sistemas como o visual ( em conjuntos com outros sentidos), o locomotor, o proprioceptivo, o cerebelar, o auditivo, o córtex cerebral, a formação reticular, os núcleos da base e o sistema vestibular, pois muitos autores se referem a ele como sendo órgão do equilíbrio.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Trabalho de Conclusão de Curso !!!!

Durante a graduação em terapia ocupacional estagiei no Centro de Equoterapia Mario Covas, situado no município de São Bernardo do Campo. Neste estágio  deparei-me com a importância desta técnica aliada a força de uma equipe integrada e de uma pessoa com vontade de vencer.
O caso clínico que mais me deixou impressionado foi um menino G. de cinco anos de idade com paralisa cerebral, esse menino não andava sem o auxílio do andador e falava muito mal, com o trabalho em equipe com a fisioterapia, psicologia , fonoaudiologia e terapia ocupacional cada um com o trabalho direcionado na sua área específica. Esse menino depois de 6 meses de tratamento pode correr e abraçar e falar conosco, foi muito gratificante e dinheiro nenhum paga este desenvolvimento e trabalho em equipe.
O tema enfatiza a interação do cavalo, usado de forma terapêutica, com pacientes que apresentam distúrbios em seu desenvolvimento ou diminuição de equilíbrio. Busca-se descrever as estruturas envolvidas nesse processo e com ele acontece por meio da equoterapia. Trata-se de um assunto relativamente novo no Brasil.
Esse termo foi adotado pela ANDE- BRASIL em 1989.  A palavra equoterapia está registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) do Ministério do desenvolvimento, da indústria e do Comércio, com certificado de registro de marca número 8193922529, de 6 de julho de 1999 (ANDE - BRASIL, 1999).

Introdução a Equoterapia!!!

Equoterapia, segundo a Associação Nacional de Equoterapia - Brasil (ANDE - Brasil), é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdiciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação. O método de trabalho, com uso do cavalo foi reconhecido no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), através do parecer número 6/97. O cavalo proporciona uma eficácia terapêutica significativa, não só nas áreas do deficiente psicofísico, mas também em outras. Para a obtenção de bons resultados terapêuticos, verificou-se a necessidade de que uma equipe interdisciplinar mínima para os procedimentos da equoterapia aonde terapeuta ocupacional faz parte. A prática da equoterapia deve ser sempre precedida por diagnóstico, indicação médica e avaliação por profissionais da equipe interdiciplinar.